domingo, 6 de junho de 2010

Gabi na nossa frente


Gabi reapareceu no SBT neste domingo. Tive a impressão que a volta da entrevistadora à TV aberta foi sorrateira (contrato-coletiva-uma semana-programa). Ainda bem, gosto muito da irreverência (sem querer, mas rasgando seda!).


Eis que para a estreia, após Silvio Santos se recusar a ser o primeiro entrevistado, Gabi teve à sua frente Hebe Camargo. Naquele cenário estrategicamente simples, apostando infinito preto, iluminação e uma mesa de acrílico, Gabi 'rebolou' para arrancar respostas da diva da TV, assim como para alinhavar o primeiro 'De Frente'. Isso porque a Hebe se apresentou como uma Hebe insegura, tentando dar respostas de modo a satisfazer as vontades da entrevistadora e do público.


Gabi perguntava, Hebe tentava, mudava de assunto (propositalmente ou não) e Gabi se via obrigada a pegar um gancho para seguir com o novo tema ou voltar ao anterior. Com isso, duas constatações: 1- Hebe (como a própria admitiu) já não está mais tão paciente ou pronta para entrevistas rápidas como as de Gabi; 2- mesmo em situações adversas, Gabi consegue tornar o programa interessante, rápido, dinâmico. Neste caso, ainda foi difícil, mas ela conseguiu. O produto era bom!

Acredito na volta da Gabi! Faltava isso para a madrugada do domingo para segunda. Torço para que o casting de entrevistados seja excelente para que o 'De Frente com Gabi' desponte.

Ah, achei sensacional a Gabi admitir que sentia falta de entrevistar e que inclusive deixou um papel em de novela global para assinar com o SBT e entrevistar.


Sorte.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hebe


Desde pequeno, eu perguntava para minha mãe se a única pessoa que tinha esse nome no mundo inteiro era aquela apresentadora do SBT que entrevistava os convidados no sofá posicionado estrategicamente no palco.
Obviamente que a pergunta era um tanto quanto ingênua, mas talvez essa Hebe seja realmente única, sem querer ser piegas demais.
Confesso (e duvido que todos não são capazes de confessar) que sempre foi legal chegar em casa na segunda-feira à noite e dar pelo menos uma passadinha para ver a Hebe. Não importa quem seja a “gracinha” do dia, mas ela consegue fazer uma entrevista espontânea, com perguntas que aparecem na hora e às causam saias justas engraçadíssimas. E é justamente esse o diferencial dela – conseguir ser natural na frente das câmeras.
Mesmo nos bastidores, a impressão que se tem é que a naturalidade impera. Não consigo imaginar a Hebe numa posição de subordina ao Silvio Santos, por exemplo. Certo, ela é “assalariada” do “patrão”, mas quase que ditas suas próprias regras. Afinal de contas, são tantos anos de parceria que um deve o mesmo respeito ao outro.
“Engraçado” foi perceber que todos sentiram a mesma pontadinha no coração quando a Hebe foi para o hospital, operou, anunciou a quimioterapia etc. e voltou à TV. Eu duvido que alguém não sentiu a menor emoção que fosse. Afinal de contas, a loira tem 80 anos, está há mais de 50 na TV, é autêntica, passou por problemas sérios de saúde, está se superando e todo o mundo da TV e fora dela se comoveu com o possível abalo do mito.
Aliás, lembro que em um dos primeiros trabalhos que fiz na faculdade teve como tema principal a Hebe enquanto um mito. O que não faltou foi material, né? hehe! Estava em dívida comigo mesmo de escrever sobre ela novamente aqui no blog. Dívida paga.
E não me venham os críticos de TV cobrar qualquer coisa da Hebe na mídia, ou seja, novos quadros, inovações etc. Sou da opinião que tudo o que ela podia fazer pela TV neste sentido já foi feito; hoje respeitamos e acompanhamos o mito apenas como ela é.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Yesssss, início de ano sem muitas reprises!


Confesso que estou em dívida comigo mesmo de escrever aqui no blog, mas é que o fim de ano foi uma loucura e não consegui conciliar o trabalho com outras tarefas. Mas vamos ao que interessa...
Todo início de ano é um tédio para os que gostam de programação televisiva. E este que vos fala sofre com a programação contaminada por reprises, compactos etc. Mas ao que tudo indica, este ano, será um pouco diferente.
É só passar pelas emissoras, desta segunda semana do ano, que veremos diversas novidades. A começar pela estreia de Dalva e Herivelto. A primeira das ansiedades. Quando comecei a ver as primeiras chamadas, me interessei apenas pelo contexto histórico da produção, mas não tanto pela série em si, julguei que não era tão chamativa assim como Som & Fúria, por exemplo. Enfim, depois de entender melhor a estrutura da série, ver as matérias sobre os bastidores, gostei muito.
Ansiedade número dois: a estreia da programação do SBT, com destaque para o "reality" Solitários; estou tentando imaginar como será a reação das pessoas ao viverem isoladas, sozinhas (como o sugere o título do programa) e mais a edição que a emissora do patrão fará para o programa.
Três - Estou a pensar como a Band produzirá o "Quinta Categoria", até então produzido e exibido pela MTV, e agora rebatizado de "É tudo improviso", que substituirá as férias do time do CQC nas noites de segunda-feira.
E como não podia deixar de ser, estou ansiosíssimo para a nova temporada do Big Brother que, em sua décima edição, entre outras novidades, dará o prêmio de R$ 1,5 milhão. Paralelamente ao BBB10, teremos o final da segunda edição de A Fazenda. Como será essa briga por audiência, hein? A Globo continua na liderança ou a Record conseguirá uns pontinhos a mais, já que o programa rural se encaminhará para a reta final assim que o global dirigido por Boninho entrar no ar. Aliás, pretendo na medida do possível dedicar alguns posts aqui para os acontecimentos da décima edição do reality global.
Como vemos, diferentemente do que aconteceu em anos anteriores, a programação de início de ano da TV trará novidades e isso me deixa atiçado a escrever muito.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ídolos, do SBT para Record!


Eu adoro programas de calouros. É espetacular assistir um cantor que não tem o rosto conhecido interpretando canções de grandes artistas. Remete muito aos tempos dos grandes festivais, claro! (com um ar imensamente mais moderno).
Aí que o Ídolos veio para o Brasil, pela primeira vez, no SBT. A emissora de SS não deixou a desejar: investiu em produção, colocou uma dupla de apresentadores que tinham química entre si e que são aproveitados até hoje. A segunda temporada do programa na TV brasileira já foi para a Record, em um dos melhores investimentos que os bispos fizeram, na minha opinião. Lá, o programa, ainda que com exatamente a mesma fórmula, é de fato melhor produzido.
E a Record tem pegado carona no sucesso do programa e investido pesado em mechandising com os próprios candidatos, coisa que o SBT fazia, mas não era tanto. Ok, eu sei que o programa tem que sobreviver financeiramente, mas nesse quesito a antiga TVS me tem ao seu lado, talvez pelo simples fato de eu gostar do que é natural. Mas ressalto toda minha compreensão com a expertise do departamento comercial da Record.
Voltando ao programa, de todas as fases, a que mais me encanta e garante a minha audiência é, sem dúvida, a fase dos concertos. É neste momento que temos a oportunidade de ver exatamente a desenvoltura de cada candidato.
Nesta edição, a competição certamente não está tão equilibrada quanto a primeira vez na Record. Está mais fácil decidir quem deve sair do programa. Há rumores, e eu concordo, de que o Marcos Duarte cativa o público mais pela história do que pela voz, como disse Marco Camargo no programa de 20 de outubro.
Apesar do meu gosto pessoal, ainda acredito que a fórmula no Brasil falha em um ponto: aonde estão os vencedores de todas as outras edições? Por que esses cantores não fazem o sucesso que deveriam ou que um ídolo de verdade faz?
Em um chat recente, o apresentador Rodrigo Faro argumentou que, imediatamente, após o término do programa, a responsabilidade de estruturar a carreira do vencedor é da gravadora. Mas, independentemente, de quem está incumbido dessa função, ela tem que ser desempenhada com mais eficácia.
Garanto que volto a falar aqui no blog sobre os desdobramentos do Ídolos 2009 e se, o vencedor fizer o sucesso esperado, analisarei em que ponto o trabalho de divulgação pós-programa foi mais correto que os que vêm sendo feitos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

JN - Há 40 anos investindo em mais descontração


Fui correndo para casa ontem para conseguir pegar o Jornal Nacional desde o começo. Adoro quando as vinhetas anunciam que os programas estão de cenário novo. Eis que às 8h15, Fátima Bernardes aparece no meio da redação com um “Boa noite!” a la Ana Maria Braga. Já pensei que eles apresentariam o telejornal fora da bancada, andando pela redação. Isso me preocupou um pouco. Mas não. Ela estava apenas apresentando o novo cenário que conta com um telão ao fundo da redação e da bancada onde ficam os apresentadores. Em seguida, William Bonner, lá da nova bancada, deu a ficha técnica de todo espaço que será utilizado pelos apresentadores. Citou até o nome do arquiteto que desenhou a nova bancada. Uma coisa me surpreendeu de verdade. Desde 2000, o JN não tinha um cenário novo. E olha que o anterior era impecável; o novo até remete um pouco a ele. Também fiquei pensando nas evoluções que aconteceram dos tempos de Cid Moreira. Naquela época o Jornal era tão sério, mantinha tanto a linha, o que tem todo um lado bom, pois foi assim que conquistou a confiança do público. Confiança esta que às vezes é questionável, mas... Agora, em pleno 2009, o clima de seriedade total deu espaço à descontração. William e Fátima estão mais próximos na bancada, tem textos que remetem à falas do cotidiano e, quando erram, pedem desculpas ao telespectador de uma forma tão meiga (hehe). “No bloco anterior, eu disse que a cidade X ficava no Triângulo Mineiro, mas corrigindo ela fica....”, disse Bonner antes do intervalo. “Desculpe, eu errei”, completa ao olhar para Fátima e soltar uma risadinha. Que fofo. Esse clima de total naturalidade é importante para cada vez mais aproximá-los do público, mas, neste sentido, vivemos num fio de navalha. Mais um pouco, vira programa de variedades e perde a credibilidade. Tem até um globo que agora não é mais estático e gira ao fundo dos apresentadores. No conjunto da obra, o cenário teve mudanças sutis, mas ficou menos estático. Aprovado.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As corretas estréias de Gugu e Eliana

Confesso que o fim de semana da TV superou minhas expectativas. Primeiro, no sábado, gostei bastante do Caldeirão do Huck ao vivo e com a participação da Angélica para homenagear o Huck, no aniversário dele.
Mas, é claro, que toda a minha empolgação ficou por conta das estréias da Eliana, no SBT, e do Gugu, na Record. Primeiramente, porque os dois programas levam os nomes dos apresentadores. Acredito que por uma estratégia: é natural falarmos “ahhh...o ‘Programa do Gugu’ e o programa da ‘Eliana’”, ou seja, imediatamente anunciamos o nome dos programas sem títulos fantasiosos.
Às 14h45, 15 minutos antes do anunciado, Eliana entra na grade do SBT. A princípio, avaliei sem grandes anseios a ida da loira para a emissora onde começou sua carreira. Mas assistindo ao programa, apesar de não ter muita novidade em relação ao que fazia na Record, achei-a bastante à vontade, apesar de extremamente correta; esta última, uma característica que ela adquiriu e assumiu quando começou a apresentar apenas semanais.
Um detalhe à parte é o cenário que foi desenvolvido para o ‘Eliana’. Ao ligar a TV, quem não prestar muita atenção, não percebe que está sintonizado no SBT. Um espaço grande, baseado no laranja, com diversos telões e até uma piscina interagindo com o palco são os elementos que compõem o programa.
Eliana apostou nos seus principais amigos para a estréia. Lá estavam Calypso, Latino, o biólogo Sergio Rangel, o troupe do Ciência em Show. Ela deve passar por um ótimo momento em sua carreira, a partir de agora, afinal, está em casa, com um bom salário e uma produção bastante disposta a fazer um bom programa.
Agora, o que realmente me causou frio na barriga a partir das 7 e 45 da noite foi a estréia do Gugu na Record. Meu (com o perdão da expressão), o ‘cara’ estava há mais de 25 anos no SBT, já tem 50 anos de idade. Cheguei a opinar aqui no blog que talvez ele não tivesse mais fôlego para inovar. Talvez realmente não pudemos assistir a muitas inovações no ‘Programa do Gugu’, foi como se o Domingo Legal tivesse sido transportado para a emissora dos bispos em um horário alternativo. Mas o apresentador tem fôlego sim para respirar novos ares. Estava demasiado empolgado e sorridente no vídeo.
O horário é realmente um item à parte nessa história. Gugu agora compete diretamente com Pânico, Fantástico e com o ex-patrão (ou é o SS que compete com ele?). Apesar de aparentar-se à vontade, Gugu estava visivelmente nervoso para a estréia. Logo no início do programa, fez o que eu gostaria que ele fizesse. Agradeceu aos companheiros que estiveram ao seu lado até então, referindo-se ao SBT, porém sem citar nomes. Eu torci para que ele falasse o nome “Silvio Santos”, mas não o fez. Chegou a trocar o nome do novo programa pelo antigo, mas isso é algo totalmente esperado para uma estréia tão comentada.
Acredito que o que diferenciou o ‘Programa do Gugu’ do Domingo Legal quando ainda era apresentado por ele foi a produção e a estrutura que ‘do pintinho amarelinho’ tem agora à sua disposição. Um cenário totalmente tecnológico, grandioso, com uma platéia aparentemente maior que a que tinha no SBT, e mais, grandes palcos montados em cidades da cinco regiões do País, com entradas ao vivo durante o programa. Milhões de pessoas (tanto telespectadores quanto profissionais envolvidos na produção) para a grande estréia.
Volto atrás no que disse e acredito que toda essa reviravolta fez muito bem para quem quer ter diferentes opções, em diferentes horários na TV aos domingos, mas confesso que ainda é estranho ver o Gugu entrando já de noite e saudando o público pela Record.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Repeteco na Record não?


(Ao som de I'll be there, na voz de MJ ainda criança)

Estou eu em casa em um dia de folga e tenho a oportunidade de acompanhar a programação diurna da TV.

Comecei pelos jornais da manhã, Mais Você, todos até que cheguei no Hoje em Dia. Ainda reforço a minha teoria que os programas, com o passar do tempo, vão perdendo seu formato original. Este é um caso típico. Como a Record está totalmente focada na divulgação d'A Fazenda, o Hoje em Dia é um dos principais programas da casa a investirem na imagem do reality, então têm levado os eliminados toda segunda pela manhã para bater papo, mostrado imagens inéditas todos os dias etc. etc. etc.

Mas na terça, a produção também leva os mesmos eliminados para participarem de um desafio de atravessar uma passarela pendurada em um guindaste a 50m de altura e, no final, os convidados ganham prêmios em dinheiros.

Até aí tudo bem. Mas à tarde, fui assistir pela primeira vez o 'Geraldo Brasil' (achei o nome do programa bem criativo) e qual era a pauta? Exatamente a mesma, só que desta vez com a Luciele e o Denilson, os eliminados da semana anterior. Mas exatamente igual, o Wildomar pressionando, negociando prêmios.

Fiquei realmente decepcionado por saber que "faltou criatividade" das duas produções, tudo bem que as duas têm o perfil do mesmo diretor, mas poderiam ter inovado. É muito tempo "gasto" em uma mesma pauta!

A Record tem tudo para dar certo e fazer coisas legais, mas apostam na mesmice.